17 julho, 2012

"BODES EXPIATÓRIOS" OU “BOIS DE PIRANHA” DO MENSALÃO? CANDIDATOS?


Impressiona como o PT mobilizou-se na busca pela impunidade. Da sociedade compram-se votos e adeptos com políticas populistas, vendem-se ignorâncias, com uma educação desfalecida. Da sociedade compram-se sindicatos, como a CUT, um braço social do PT, com dirigentes remunerados com dinheiro público do PT (partido do mensalão). Da sociedade remuneram-se dirigentes da UNE, braço do PT entre os estudantes. O governo PT remunera quem for preciso para manutenção no poder e pelas impunidades por suas gestões fraudulentas, e dessa forma tenta trazer para o seu lado à opinião pública intelectualmente mais desqualificada e a eticamente mais venal...
O PT trafica influências com a cara que Gepeto criou devidamente lambuzada com os melhores óleos de peroba da praça. Lula, nesse particular, já traficava com sua cara de carranca quando ainda era oficialmente Chefe de Estado, agora, oficiosamente, se preciso, irá até as FARC abrir negociação...  Vítimas de suas desmedidas investidas estão sendo os senhores ministros do Supremo, que dos onze, sete foram indicados pelo PT, e que agora são veementemente cobrados por gratidão...
Lula e a cúpula do partido nos limites do julgamento parecem ter suas estratégias já traçadas. Criar-se-ão “bodes expiatórios”? Como há farta e contundente comprovação da participação dos acusados acostada aos autos do processo do mensalão, a estratégia será tentar canalizar as acusações para os chamados “bois de piranha”, como Delúbio Soares, que encontra-se mais sujo que “pau de galinheiro”, com seu nome constando na quase totalidade das provas carreadas que comprovam a existência do mensalão. Os nomes de maior expressão como são os Zé(s), Dirceu e Genuíno, tentar-se-á confundir os senhores ministros com o objetivo de absolvê-los por insuficiência de provas...  
Lula tem a medida do perigo que pode representar uma condenação maciça dos “mensaleiros” de sua organização. Durante todo o governo fez-se de cego e surdo (mudo não, essa evolução não alcançou) como mentor de todo o esquema que está para ser julgado durante todo mês de agosto jurando a inocência de seus “subordinados”. Junto com ele, os Zé(s), gestores do esquema, mas que a todo custo terão que ser vistos pelos senhores ministros como Zé(s) ninguém do mensalão, já que caciques do partido e defensores históricos ao lado de Lula da “ética do PT”, uma história criada antes da ascensão ao poder e desacreditada , inclusive pelos que ainda creem em papai-noel, lobo mau e boitatá...
A ideia é canalizar toda a acusação aos membros de execução deixando de fora os verdadeiros mentores que arquitetaram e lucraram com o esquema. É nisso que a sociedade não corrompida deve focar suas atenções, pois como no tráfico de drogas, a reclusão dos chefes da boca de fumo não paralisa o movimento, com seus mentores estão blindados por imunidades que o poder político e financeiro lhes fornecem estão prontos para substituir peças e dar andamento aos esquemas...
No STF travar-se-á o maior embate que a política já assistiu entre a ética e a impunidade. Do lado da ética a sociedade pensante não corrompida, ao lado da impunidade a sociedade já corrompida e dirigida pelo PT. E os ministros? De que lado afinal haverão de estar?
Para refletir: Um bom exemplo de aplicação da expressão “bode expiatório” ocorreu com o nazismo, quando Judeus foram cassados mundo a fora como os grandes culpados pelos problemas econômicos na Alemanha. Portanto necessário explicitar que não serão criados verdadeiros “bodes expiatórios” no caso mensalão, pois como executores também possuem suas parcelas de culpa, mas sim, “bois de piranha”, sacrificando os bois de menos valor em troca dos mais valiosos... Para bom entendedor...
Sem mais.

3 comentários:

Mércia Soares Rego disse...

Sarmento, você não é mole...
Parabéns pela coragem e qualidade de suas obras. É um prazer acompanhar tudo que você escreve.

Prazer,
Mércia Soares.

Cláudio disse...

Muito boa a diferenciação do título. Concordo com a sra. Mércia, um prazer ler seus textos.

Prof. Laerte disse...

Sarmento,
Lhe devo meus parabéns, textos críticos, ásperos, mas de muito bom gosto, que não pecam pela qualidade técnica e se aprofunda nos aspectos políticos que realmente merecem análises

Acompanharei com assiduidade,
Laerte