12 janeiro, 2009

Minhas boas vindas com o otimismo costumeiro, às avessas...

Aos queridos transeuntes deste espaço, digo que voltei. Refleti neste breve interregno temporal que mantive-me exilado sobre novas e velhas preocupações que me abalrroavam... Direto ao assunto, por óbvio, a mim não foi dado o prazer, ao menos em minha presente encarnação da contemporaniedade com o Barão de Rio Branco... Não me referindo aqui à famosa avenida do Centro carioca, mas sim ao mito e maior paradigma da diplomacia latrina, que ao menos oportunizou-me herdar algumas lições através de minha incessante busca pela não-aculturação.

Este mago personagem da diplomacia foi quem insculpiu por sua sagacidade intelectual e espiritual o formato "brasilis" que hoje ostentamos. Foi este gênio quem profissionalizou o Itamaraty assentando-o finalisticamente como instituição de defesa dos interesses nacionais independente de partido, governo ou credo, tornando-se um de nossos maiores marcos paradigmáveis de luta por soberania, integração e integridade nacional.
Hoje? Bom, hoje Barão de Rio Branco parece mofar por suas idéias em acervos, bibliotecas e congêneres, em meio a cultura de um "moderno" empobrecimento sócio-intelectual. A mentalidade da diplomacia tupiniquim voltando a ser partidária, apequenou-se... Os interesses nacionais mais parecem desinteresses, e o ímpeto das defesas de outrora amesquinharam-se em meio à covardia...
A diplomacia brasileira em um lamentável retrocesso partidarizou-se sob a alcunha Lulopetista, vindo à incorporar sua melancólica fisiologia. A política internacional do governo Lula ao discutir as matérias de interesse nacional com os irmãos latrino-ditatoriais que nos avizinham, abdicou do modelo personificado pelo Barão para acomodar-se de quatro, do modo arreganhado, sem- vergonha, à imagem e semelhança do nosso Presidente. Conjecturando-se Lula no cargo de Presidente à época da República Velha por certo, Santa Catarina e Paraná, hoje pertenceriam à Argentina, enquanto o Acre restaria sob a égide da soberania boliviana...
Na política quadrúpede presidencial há sim o ignaro equívoco de que os interesses nacionais devem ceder aos regionais, nada mais estúpido e anti-nacionalista. Comparativamente, somos os meninos criados no play frequentando as bocas pela primeira vez, dispostos a pagar o preço pedido pelos donos destas bocas...sexy, não...(rs).Fortalecemos desta forma caudilhos regionais que muito à vontade passam a falar ainda mais grosso e a "carcar" na bundinha do povo que optou por falar fino...
O Brasil já sofreu no passado com a invasão de produtos argentinos e calou-se, quando o sol voltou a nascer para o Brasil, ocasião que tornou-se superavitário, os argentinos reclamaram, e ... Com a Bolívia, aceitamos o calote pelas refinarias brasileiras, por eles nacionalizadas. Com Chavéz, pai do caudilhismo, bom, só dizemos amém...
O ideal, sabemos, é sempre andar pra frente. Defendeu Lenin ser preciso dar um passo pra trás e dois para frente, Lula procura convencer sua manada que bom mesmo é dar um pra frente e dois pra trás, e a manada o segue...
Interessante notar ser Lula também um caudilho, que falou grosso com o imperialismo do cachorro morto Bush, mas entre a bestialidade dos seus traveste-se, passando a falar fino. Como será o comportamento de Lula frente ao cachorro grande Obama? Não terá cachorro morto para chutar...
Nota:
Garibaldi Alves apresentou um manifesto no Congresso Nacional contra o excesso de MPs. Curioso notar, que o Congresso possui legitimidade constitucional para rejeitar as malditas que sejam incompatíveis com os seus requisitos constitucionais explicitados no art 62 da CR... Das duas uma, ou na prática não há uma paridade entre os poderes de Estado, sendo executivo um novo superpoder, uma espécie de poder moderador, ou os senhores congressistas evitam quebrar a corrente do mútuo favorecimento, do escambo de favores...
Quinta-feira, dia 8, enquanto nossos legisladores em recesso legal aprovavam mais uma oneração pública, agora de 4 milhões de reais mensais, em benefícios próprios, Brasília fora duramente castigada pela natureza, em especial o Congresso Nacional, que foi alvo de um raio que chegou a estremecer os vidros daquela imponente fachada...
Pelo visto, até Deus anda intolerante com os sanguessugas de Brasília, ao menos os do legislativo federal... Como a justiça terrena se omite, quem sabe a divina... Difícil será encontrá-los por lá como forma de se distribuir justiça...
Bom Ano!

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