27 novembro, 2007

Quem és tú Evo? Tens "Morales" para isso? A trinca de ferro...

Juan Evo Morales Ayma, nascido em Orinoco em 1959, é o atual presidente da Bolívia e líder do movimento esquerdista boliviano cocalero, uma federação de agricultores que tem por tradição o cultivo de coca para atender um costume milenar da nação que é mascar folhas de coca. Por aqui a tradição é outra... Evo Morales conseguiu notabilizar-se ao resistir aos esforços desenvolvidos pelo governo dos E.U.A, que tentavam a todo custo a substituição do cultivo de coca na província de Chapare por bananas de origem brasileira. Evo ostenta ainda o posto de líder do partido Movimento para o Socialismo.
Morales terminou sua educação secundária e atribui a sua educação posterior ao que tem chamado de a "Universidade da vida".Trabalhou também como pastor de lhamas, pedreiro e músico.
Em 1981 foi nomeado secretário de esportes do sindicato de cocaleros de San Francisco em Chapare. A partir daí, iniciou a sua ascensão no movimento sindical. Durante os anos 90, os cocaleros enfrentaram-se em repetidas ocasiões com o governo do presidente Hugo Banzer Suárez, que havia prometido aos Estados Unidos a erradicação total do cultivo de coca do país. Morales assume a presidência da Federación del Trópico de Cochabamba, uma federação de plantadores de coca, que resiste aos planos governamentais para a erradicação desses cultivos.
Nas eleições presidenciais de Dezembro de 2005 Morales conseguiu sair como vencedor ao obter 53,74% dos votos, frente a 28,59% de seu principal opositor, Jorge Quiroga.
Em seus primeiros discursos, declarou a necessidade da nacionalização dos hidrocarbonetos, cuja exploração se encontrava em propriedade das petrolíferas transnacionais, principalmente a brasileira Petrobras, através de concessões que catalogou como nulas de pleno direito. Metade do gás natural consumido em todo o Brasil é de origem boliviana.
Disse Evo em alguns de seus discursos:
"O pior inimigo da humanidade é o capitalismo. Isso é o que provoca levantes como o nosso, uma rebelião contra o sistema, contra o modelo neoliberal, que é a representação de um capitalismo selvagem. Se o mundo inteiro não tomar conhecimento dessa realidade, que os estados nacionais não estão provendo nem mesmo o mínimo para a saúde, educação e o desenvolvimento, então a cada dia direitos humanos fundamentais estão sendo violados."
"Queremos que esta nacionalização (dos hidrocarbonetos) seja blindada pela nova Constituição que nunca mais se privatize, nunca mais se entregue às multinacionais" do petróleo".
Pois bem, este é Evo, o homem que auto-intitula-se diplomado na Universidade Federal da Vida, potador de um ideal anti-imperialista e adepto da máxima nacionalização, é mais um defensor latrino que repudia o capitalismo neo-liberal e por conseguinte o Estado mínimo. Admirador de Fidel, Chávez e Lula, é mais um representante do projeto expancionista da esquerda socialista anti-imperialista para América Latina.
A frente dos bucéfalos latrinos, formados por Lula, Chávez e Evo, "separados na maternidade", possuem finíssima sintonia em seus devaneios. Criados longe das escolas são adeptos da truculência ditatorial como forma de democracia, e defendem o monólogo como forma de diálogo.
Suas idéias transmudam-se em normas cogentes, onde qualquer rebelar pode provocar desde o desaparecimento da ovelha desgarrada até um Estado de exceção, se muitas forem as ovelhas...
O Brasil por enquanto está blindado por um sistema constitucional garantista das liberdades fundamentais do cidadão, e defende, ainda que com profunda hipocrisia, um Estado Democrático de Direito. Mas, para isso, há uma explicação basilar, somos um rebanho que sentimo-nos bem quando guiados pelo gênero quatro patas... É como se nós também pudéssemos almejar o poder... Isso, ao que parece, conforta o povo brasileiro, que possui também muitos adeptos da coca... Aí está o perigo Brasil...

Um comentário:

Anônimo disse...

Meu irmão, vc arrebenta, escreve muito! Não li tudo, pois é muita coisa, mas vou ler aos poucos.
Vc trás informação de uma forma que dá vontade de não parar de ler. Parabens!
Abraço
Osmar.