23 outubro, 2007

Chavismo, realidade nada utópica...

Chávez vem se mostrando uma potencial ameaça à América Latrina. Com uma política agressiva e contando com o apoio do parlamento venezuelano vem promovendo medidas antidemocráticas e implantando um regime totalitário onde a ordem é o silêncio dos regimes de exceção, onde os gritos ecoam sem som. Expulsou o capital estrangeiro, "nacionalizou", digo, confiscou setores chaves e agora aprovou a tão desejada reeleição perpétua, sonho de qualquer ditador.
Existem porém peculiaridades. Uma delas é, que diferentemente de outros exemplos de ditadura da história mundial, Chávez capitaniou-se ao poder de forma legítima, através do democrático instrumento do referendo, angareando o apoio popular com suas promessas de ufanismo nacionalista. Hoje, após medidas impopulares, mais particularmente de exclusão popular, intervém na economia e na imprensa nacionalizada e conta com o poderio do petróleo como base financeira de sua escalada ao algo megalomaníaco próprio dos descompensados. As ditaduras em geral surgem através de golpe e fracassam quando a burguesia elitista detentora do poder financeiro dela se cansa e se organiza para derrubá-la, aí imediatamente surge uma democracia hipócrita e para inglês ver, que volta a dizer que o poder emana do povo... Desta vez, além do poder ter sido conquistado legitimamente, Chávez conta com o outro poder, o financeiro do petróleo, o que me faz temer o retardo de seu fracasso... Com o petróleo a Venezuela vem se armando e ao que parece já tornou-se a maior potência militar da América Latrina, mas certamente o Brasil já superou, que conta com o poderio de seus teco-tecos ultrapassados já por ocasião da guerra do Vietnã e com seu maior poder bélico nas mãos do tráfico. O primeiro passo em direção a uma longa vida Chavista foi dado com a aprovação da reeleição indeterminada, aprovada de forma legítima, os próximos passos certamente virão. Resta saber até quando suas pernas não se embaralharão e até onde irá sua ambição... Já havia mencionado em crônica anterior, mas não custa repetir: não tardará, o Brasil terá que posicionar-se contra ou a favor deste descalabro desmedido e em nada adormecido. Em se posicionando contrariamente... Meu outro temor é essa moda atravessar fronteiras e virar tendência onde já se percebe alguma vocação... Que realmente Deus seja brasileiro como dizem, e que não nos conceda a mesma sorte de seu filho por ocasião de sua visita ao mundo dos pecadores...

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