02 março, 2007

Ser diferente tá na moda

No jogo de empurra entre o legislativo e o judiciário, quem leva tombo é o povo. Discussão por uma melhoria, sem dúvida há; de seus salários. Enquanto o crime há muito encontra-se na era digital, o Estado vem se enterrando na analógica. Enquanto tentam aumentar os seus tetos, melhorando ainda mais a distribuição de renda; entre eles; o povo procura sobreviver com seus pisos, ainda que a grande maioria só encontre sossego a sete palmos do chão...
É impressionante nossa legislação penal, temos normas que Matusalém se envergonharia e outras tantas importadas de uma realidade muito distante da nossa, que são aplicadas graças a enorme vontade política de se manterem inertes incentivadores do caos.
Nosso poder judiciário, por exemplo, se apequena como mero aplicador de leis, sejam elas quais forem. A venda em seus olhos os mantém cegos de nossa realidade social. Bem verdade, que juridicamente falando a jurisdição é inerte até ser provocada pelo direito de ação, que todos possuem, porém lamentavelmente mesmo com nossa provocação têm eles permanecido inertes, mostrando que além de cegos, são surdos e mudos, pois não ouvem o clamor popular e não se manifestam a respeito. Hoje o tema deficiência protagoniza nosso horário nobre, será o objetivo do judiciário, encontrar seu espaço na próxima grande produção Global? Deficiências não faltam, só me pergunto se procuram o papel de protagonistas ou antagonistas da história...
No ápice do judiciário tem assento onze semi Deuses que possuem atribuição constitucional precípua de guarda da nossa constituição, que elenca entre seus direitos fundamentais o direito à vida, a dignidade da pessoa humana, a liberdade de locomoção entre outros. Será o teto o maior dos direito fundamentais? Acho que para eles sim... pois só desta forma poderão continuar se distanciando de nós, e quanto mais longe estiverem mais insignificantes estaremos aos seus olhos, como formiguinhas impotentes e descartáveis prontas para serem pisadas pela indiferença.

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